2021 marca início do caminho internacional da ECOINSIDE

O ano de 2021 vai marcar o arranque do processo de internacionalização da ECOINSIDE. A empresa tecnológica de Vila Nova de Gaia especializada em eficiência energética, sustentabilidade e energias renováveis, tem já projetos assegurados para a instalação de parques fotovoltaicos em Espanha e em Moçambique, país onde conta mesmo avançar com uma joint-venture local. Cabo Verde é outro dos mercados em vista, no entanto, o CEO da ECOINSIDE afirma que Portugal continuará a ser a grande aposta. “Há ainda muito a fazer nesta área no mercado nacional, que tem um grande potencial e continuará a ser o nosso principal alvo”, garante António Cunha Pereira.

Criada em janeiro de 2006, a ECOINSIDE acumula já 15 anos de experiência no mercado. Trabalha unicamente o segmento empresarial e conta na sua lista de clientes com nomes tão distintos como o BPI, o grupo Pestana, a Jerónimo Martins, a Auto Sueco, o El Corte Inglés ou as autarquias de Aveiro, Estarreja e Fafe, entre muitos outros. Fechou 2019 com um volume de negócios de 2,1 milhões, valor que se manteve sensivelmente inalterado em 2020. “O objetivo era triplicar as vendas, ficámos a um terço da nossa ambição. Mas não nos podemos queixar, até porque em nenhum momento parámos a atividade”, frisa o empresário.

A maior fatia das vendas da Ecoinside advém da instalação de centrais fotovoltaicas para autoconsumo, mas com a pandemia mais de uma dezena destes projetos foram adiados, designadamente na área do agroalimentar – que sofre o efeito da crise da restauração – e da indústria de moldes para o setor automóvel. O ano de 2021 arranca com “boas expectativas”, até porque há clientes a pedir uma reformulação dos projetos, no sentido de reforçarem a potência a instalar. Mas são investimentos que só estarão no terreno “mais para o final do ano”. No imediato, a Ecoinside tem em fase de implementação cinco projetos, que arrancaram no fim do ano passado, e mais quatro em “fase final” de negociação com grandes grupos, mas que não identifica para já. Correspondem a uma potência total de 9 MWp, que se juntam aos 11,2 MWp que a empresa tem já implementados e sob a sua gestão.

Sobre a faturação esperada para 2021, António Cunha Pereira é cauteloso: “O nosso objetivo era chegar aos seis milhões, mas face à incerteza que ainda permanece relativamente à pandemia penso que se duplicarmos a nossa faturação já será bom.”
O ano vai marcar ainda o arranque de projetos de centrais fotovoltaicas em Moçambique, onde a ECOINSIDE espera desenvolver o negócio com um parceiro local, assegurando transferência de know-how para este mercado, mas também em Espanha, onde tem um acordo fechado para a instalação de 30 centrais, aguardando apenas os necessários licenciamentos e aprovação para iniciar os trabalhos.

Dinheiro Vivo Online | 20 FEVEREIRO 2021

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