Mobilizar as empresas a proteger, promover e restaurar a biodiversidade. Este é o objetivo do act4nature Portugal, que vai na terceira vaga de adesão.
Lançado, em 2020, pelo BCSD Portugal, conta já com a assinatura de 27 empresas nacionais que, como refere a organização, assumiram compromissos pela biodiversidade em 2020 e 2021.
O act4nature Portugal decorre do act4nature International, que reúne hoje cerca de 150 signatários, tendo sido lançado em França em 2018 pela associação EpE – Entreprises pour l’Environnement, parceira do BCSD Portugal através da Rede Global do WBCSD e enquadra-se nos compromissos assumidos pelo BCSD Portugal, em 2019, ao integrar a coligação Business for Nature.
Como explica o BCSD Portugal qualquer empresa pode aderir ao act4nature Portugal. Ao fazê-lo subscreve 10 Compromissos Comuns Comuns act4nature e define um conjunto de compromissos individuais SMART (Specific/Específicos, Measurable/Mensuráveis, Additional/Adicionais, Realistic/Realistas e Time- bound/Delimitados no tempo), alinhados com a atividade que desenvolva e com uma abordagem construtiva/voltada para o futuro.
Em Portugal já 27 empresas assumiram compromissos no âmbito do act4nature Portugal. São elas a Accenture Portugal, Altice Portugal, Altri, ANA Aeroportos de Portugal, Ascendi, Companhia das Lezírias, Corticeira Amorim, Grupo Crédito Agrícola, CTT, ECOINSIDE, Ecosativa, EDIA, EDP, Eurest, Herdade dos Grous, Inspira Hotels, Jerónimo Martins, KPMG, LIPOR, NBI – Natural Business Intelligence, REN, The Navigator Company, Saint-Gobain Portugal, Sonae, Sovena, Trivalor e VdA.
As empresas que estiverem interessadas em aderir em 2022 podem fazê-lo até 31 de março.
10 compromissos comuns:
1 – Integrar a biodiversidade na estratégia corporativa, fundamentando a nossa atuação no conhecimento científico disponível;
2 – Dialogar com as diferentes partes interessadas sobre as suas expectativas e os nossos impactos, ações e progresso;
3 – Avaliar a biodiversidade nas diferentes dimensões relacionadas com a nossa atividade, utilizando indicadores de impacto direto e indireto, de risco e de desempenho. Quando relevantes para a tomada de decisão, avaliar em termos económicos os nossos impactos e a nossa dependência do bom funcionamento dos ecossistemas;
4 – Promover a integração progressiva da diversidade biológica nas decisões ao longo das nossas cadeias de valor, desde a produção de matérias-primas naturais até à fase final do ciclo de vida dos produtos, após utilização pelos consumidores;
5 – Prioritariamente, prevenir, reduzir e, em última análise, compensar os nossos impactos, visando, caso a caso, a ausência de perda líquida ou até um ganho líquido de biodiversidade nas nossas atividades e áreas geográficas de influência, considerando as necessidades de adaptação dos ecossistemas às alterações climáticas;
6 – Dar prioridade ao desenvolvimento de Soluções Baseadas na Natureza, assegurando que estas são implementadas de forma cientificamente fundamentada e benéfica para a biodiversidade, e promovendo a variedade dessas soluções;
7 – Integrar a biodiversidade no nosso diálogo com os decisores políticos de forma a fomentar a sua progressiva consideração nas políticas públicas. Quando convidados a fazê-lo, contribuir para as estratégias nacionais de biodiversidade dos países onde operamos;
8 – Sensibilizar e formar os nossos colaboradores sobre a biodiversidade e a sua relação com as atividades que desempenham. Promover e encorajar iniciativas de proteção da natureza e dar o devido reconhecimento pelas suas ações e práticas neste domínio;
9 – Mobilizar recursos e estabelecer parcerias adequadas para apoiar e monitorizar as nossas ações no terreno;
10 – Reportar publicamente a implementação destes compromissos e dos nossos compromissos individuais apresentados.